

Matrinxã
Nome popular
O peixe de água doce chamado Matrinxã é conhecido popularmente como Jatuarana.
Nome científico
Brycon cephalus.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída na Bacia Amazônica.
Habitat
O Matrinxã habita rios com águas claras e lagos, próximos a estruturas, como paus submersos, onde espreitam suas presas.
Alimentação
É um peixe omnívoro, alimentando-se de frutos, sementes, flores, insetos e, ocasionalmente, de pequenos peixes (inclusive da própria espécie).
Reprodução
Por ser um peixe que realiza a desova total, ou Piracema, O Matrinxã faz longas migrações rio acima para se reproduzir. A eclosão das larvas ocorre 17 horas, após a fertilização dos ovos, já o canibalismo tem início a partir de 36 horas de vida livre.
Características
O Matrinxã é um peixe de escamas. Sua carne é muito apreciada nas regiões Centro Oeste e Norte do país. Possui corpo alongado, um pouco alto e comprimido. Sua coloração é prateada, com as nadadeiras alaranjadas, sendo a nadadeira caudal escura. Apresenta uma mancha arredondada escura na região umeral. Os dentes são fortes, multicuspidados, dispostos em várias fileiras na maxila superior. Pode chegar aos 80 cm de comprimento e 5 Kg de peso.

Pintado
Nomes populares
O peixe de água doce chamado Pintado é conhecido popularmente como Surubim-Caparari, Brutelo, Caparari e Moleque.
Nome científico
Pseudoplatystoma corruscans.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída em várias Bacias brasileiras, com maior importância no Pantanal e na Bacia do Rio São Francisco (Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul).
Habitat
O Pintado habita calhas dos rios, embaixo de malhas de aguapés e camalotes e em bocas de corrichos. Tem o hábito noturno.
Alimentação
É um peixe carnívoro, alimentando-se principalmente da tuvira, minhocuçu e pequenos peixes. Pode ser utilizado no controle de população de tilápias em açudes e tanques.
Reprodução
É um peixe que realiza migrações de desova. Já se consegue a reprodução em laboratório, o que permite o desenvolvimento da espécie em piscicultura.
Características
O Pintado é um peixe de couro, com coloração acinzentada e diversas pintas pretas cilíndricas pelo corpo. Já seu ventre tem uma coloração esbranquiçada. Seu corpo é alongado e roliço. Sua cabeça é grande e achatada, com dimensão entre 1/4 a 1/3 do tamanho do corpo. Apresenta longos barbilhões. Possui ferrões junto às nadadeiras laterais e dorsal. É apreciado por sua carne muito saborosa. Pode alcançar pesos próximos a 80 kg e quase 2 m de comprimento.

Piau
Nomes populares
O peixe de água doce chamado Piau-Três-Pintas é conhecido popularmente como Piau Verdadeiro, Aracu-comum, Aracu-Cabeça-Gorda.
Nome científico
Leporinus freiderici.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída nas Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
Habitat
O Piau-Três-Pintas habita margens de rios, lagos e florestas inundadas.
Alimentação
É um peixe omnívoro, com tendência a carnívoro (principalmente insetos) ou frugívoro (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos.
Reprodução
É um peixe que realiza a desova total, ou Piracema, fazendo longas migrações rio acima para se reproduzir.
Características
O Piau-Três-Pintas é um peixe de escamas, muito importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras. Possui coloração prata, com 3 manchas escuras nos flancos. Daí o seu nome. Tem nadadeiras ligeiramente douradas e nadadeira caudal escura. Possui dentes em forma de pinça. Pode alcançar 40 cm de comprimento e 2 kg de peso.

Piapara
Inicio
Mais fortes e resistentes do que as larvas, os alevinos oferecem menos riscos de perda na fase inicial da criação. Por isso, adquira-os de produtores com referência, que devem vender exemplares de qualidade com abdome roliço, cabeça pequena, agilidade, cor brilhante e nadadeiras perfeitas. Deixe os alevinos estocados num tanque-berçário até tornarem-se juvenis, quando, então, podem ser transportados para o tanque de engorda.
Ambiente
A piapara gosta de ficar nas partes média e inferior e nas regiões marginais de águas paradas, com temperatura ideal mantida entre 22 ºC e 26 ºC. Em viveiro, o peixe necessita de renovação com mínimo de 10 litros de água por segundo para cada hectare de lâmina d’água, com pH entre 6 e 8. A densidade recomendada vai de 1,5 a 6 a 8 peixes por metro quadrado na criação extensiva, utilizando-se de aeradores em boa parte do dia no sistema intensivo.
Viveiros
Disponibilize tanques escavados para o manejo das piaparas. Não são difíceis de serem construídos e se adequam a diferentes locais com espaço disponível. Uma área de 500 metros quadrados facilita para o criador lidar com a alimentação e a despesca dos peixes.
Alimentação
Como a piapara é onívora, a espécie não tem muitas restrições para se alimentar. Compre em lojas de produtos agropecuários ração comercial para peixes onívoros. Nas cinco primeiras semanas, forneça cerca de 5% da biomassa inicial com ração com 36% a 42% de proteína bruta e mínimo de 3.000 quilocalorias de energia digestível por quilo. Durante as cinco semanas seguintes, reduza gradativamente para 4% da biomassa com ração de 32% a 36% de proteína bruta e 2.500 quilocalorias de energia digestível por quilo. Na fase posterior, até a venda ou o abate, diminua para 3% da biomassa com ração de 28% a 32% de proteína bruta e 2.500 quilocalorias de energia digestível por quilo. Estudos científicos revelaram que 25% da proteína da ração devem ser de origem animal, para melhor desempenho da criação em cativeiro.
Reprodução
Em rios, a piapara precisa migrar para a cabeceira para que os órgãos reprodutores amadureçam totalmente antes da desova. Sem a correnteza da água para realizar esse processo (piracema) no tanque de criação, o peixe necessita receber aplicação de hormônio, para induzir a liberação dos gametas (óvulos e espermatozoides). O protocolo mais utilizado é a aplicação em duas doses, sendo a primeira contendo 10% e a segunda 90% da dose total do hormônio – o melhor é o extrato bruto de hipófise. Os reprodutores precisam estar quase prontos para desova, sendo os machos apresentando liberação de sêmen sob leve pressão abdominal e as fêmeas com ventre abaulado e com a papila genital inchada e avermelhada. Para assegurar a execução do procedimento, que demanda experiência, recomenda-se recorrer à ajuda de um profissional responsável ou produtor com prática.

Dourado
Nomes populares
O peixe de água doce chamado Dourado é conhecido popularmente como Piraju e Pirajuba.
Nome científico
Salminus maxillosus.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída nas Bacias do Paraná, de São Francisco, do Rio Doce e do Paraíba do Sul (Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e no Sul de Goiás).
Habitat
O Dourado habita águas rápidas, corredeiras e cachoeiras, assim como as margens de barrancos, bocas de corixos e galhadas no meio dos rios. Costuma nadar em cardumes.
Alimentação
É um peixe carnívoro, alimentando-se de qualquer espécie de peixe, inclusive de pequenas aves, embora prefira lambaris e sardinhas.
Reprodução
Necessita da correnteza dos rios para completar o seu ciclo reprodutivo, durante a Piracema.
Características
O Dourado é um peixe muito apreciado por seu sabor, sendo conhecido como o “Rei do Rio”. É um peixe de escamas. Cada escama tem um pequeno risco preto no meio, formando linhas longitudinais da cabeça à cauda. Possui uma coloração dourada por todo o corpo, com reflexos avermelhados. Tem uma cabeça grande, com uma boca que alcança a metade desta, repleta de caninos em forma cônica. Possui uma barbatana caudal bastante robusta. Pode atingir mais de 25 kg e alcançar 1m de comprimento.
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Pacu
Nome popular
O peixe de água doce chamado Pacu é conhecido popularmente com o mesmo nome.
Nome científico
Piaractus mesopotamicus.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída na Bacia do Prata.
Habitat
O Pacu habita rios e lagoas nas épocas de cheia.
Alimentação
É um peixe omnívoro, alimentando-se de frutas, matéria vegetal e pequenos peixes.
Reprodução
É um peixe que realiza a desova total, ou Piracema, fazendo longas migrações rio acima para se reproduzir. No entanto, vem sendo reproduzido artificialmente em laboratório para repovoamento de represas.
Características
O Pacu é um peixe de escamas pequenas e numerosas. Sua coloração é cinza-escura, no dorso, e amarelo-dourada, no ventre, podendo variar devido o ambiente. Tem corpo comprimido, alto e em forma de disco, apresentando quilha ventral com espinhos, cujo número pode variar de 6 a 70. Seus dentes são molariformes. Possui carne muito saborosa, por isso é muito pescado. É uma espécie que vem sendo muito utilizada na piscicultura e para a formação do híbrido Tambacu em cruzamento com o Tambaqui. Pode alcançar mais de 70 cm de comprimento e pesar até 20 Kg.

Tambacu
Nome Científico
Colossoma macropomum (fêmea) + Piaractus mesopotamicus (macho)
O tambacu é o híbrido mais comumente usado pelos produtores.
Resulta do cruzamento induzido entre fêmea de Tambaqui (colossoma macropomum) e macho dePacu (piaractus mesopotamicus). Em algumas pisciculturas brasileiras têm sido comprovados cruzamentos deste híbrido com as espécies originais (Tambaquis e pacus).
Possue hábitos alimentares idênticos aos dos seus ancestrais. As características gerais como formato, porte e cor acinzentada são mais próximas às do Tambaqui (fêmea) que lhe deu origem.

Patinga
A patinga é um peixe hibrido (pacu e pirapitinga) encontrado em pesqueiro do brasil, não é tão fácil de se encontrar uma patinga com mais de 7 kg porque geralmente é em de abate e seus alevinos são difíceis de encontrar, geralmente é confundido com o pacu mas pode ser diferenciado pela cor da barriga e pelo tamanho, a patinga geralmente é menor, e tem a barriga vermelha, muito parecida com a piaranha caju da amazônia, suas nadadeiras são mais escuras, e tem a coloração acinzentada a barriga mais larga, já o pacu tem a barriga mais amarelada, coloração azulada ou lilás escuro, e uma barriga mais afinada, equipamentos: vara de 10 a 30 lbs, carretilha ou molinete com 100 a 120 metros de linha monofilamento 0.40 ou 0.30 mm. anzol 1/0 a 4/0 dependendo do tamanho do tamanho do peixe buscado (encastoado obrigatório)
Dica:
A patinga é diferente do pacu e alguns aspectos da briga, e de fisgada, a patinga fica beliscando a isca, o pescador deve usar uma massa bem consistente e esperar o peixe correr, para depois fisgar, este peixe também pode ser pescado com equipamento ultra light que valoriza muito sua briga.
gostam de ficar em locais profundo no meio do lago, pode subir à superfície para se alimentar de ração, mas técnicas como a boia cevadeira pode assustá-la. recomenda-se equipamento de fundo, com chumbada leve e chicote de 1 metro de linha 0.30, os anzóis recomendados devem ser leves e resistentes como: wide gap, circle hook, maruseigo, 4330 etc, mas isso é questão de gosto do pescador
Iscas:
As melhores são: diferentes tipos de massa, carne bovina(crua) ou suína(crua ou torresmo), pão, ração, acerola, artificiais pequenas, miçangas, lesma e outras semelhantes.

Jundia
Nomes populares
O peixe de água doce chamado Jundiá é conhecido popularmente como Nhurundia, Mandi-Guaru e Bagre-Sapo.
Nome científico
Rhamdia quelen.
Distribuição geográfica
Sua espécie é distribuída na América do Sul, incluindo a região Sul do Rio Grande do Sul.
Habitat
O Jundiá é um peixe que habita rios com fundo arenoso e remansos de rios, próximos à boca do canal, onde procura alimento.
Alimentação
É um peixe omnívoro, com tendência a piscívoro, e bentônico, especulador do substrato. Também alimenta-se de insetos terrestres e aquáticos, crustáceos e restos vegetais, além de peixes como os lambaris e os guarus.
Reprodução
O peixe Jundiá desova em locais com água limpa, calma e de fundo pedregoso. Não apresenta cuidado parental. Apresenta desova múltipla, com dois picos reprodutivos por ano (um no verão e outro na primavera).
Características
O peixe Jundiá é um peixe de couro. Possui coloração acinzentada-escura e ventre branco. Destaca-se por ser uma das mais promissoras no cultivo por meio da Aquicultura, uma vez que apresenta rápido crescimento, fácil adaptação à criação intensiva, rústico, facilmente induzido à reprodução, com alta taxa de fecundação, possuindo ainda carne saborosa, com baixo teor de gordura e poucas espinhas. Pode atingir 50cm de comprimento e 3kg de peso.

Tabatinga
Descrição
O tambatinga é resultante do cruzamento de fêmea de tambaqui com macho de pirapitinga. Tanto o tambaqui como o pirapitinga pertencem à ordem Cypriniforme, família Serrasalmidae e subfamília Myleinae. São peixes chamados reofílicos por necessitarem migrar longas distâncias na época das chuvas, para realizarem a desova. São onívoros e no ambiente natural se alimentam de sementes, frutos, moluscos e de pequenos peixes.